sexta-feira, setembro 30, 2005

Pesquisas na internet

A propósito de pesquisas na internet, recebi uma mensagem criticando a Globo por uma suposta manipulação no resultado de suas pesquisas sobre o desarmamento. Nas pesquisas da Globo, ao que parece, os partidários do desarmamento ganham dos que são contrários a ele. A mensagem elencava, como contra-prova, uma série de "pesquisas" que trariam resultados bem diferentes das pesquisas da Globo. Copio uma parte da msg no fim do texto.

Ora, as ditas "pesquisas" feitas em internet não têm qualquer valor científico, pois são meras enquetes, não pesquisas rigorosas. Por isso, todas estas enquetes (ao menos as sérias) põem um aviso informando tal fato na própria página em q se deve votar.

P.ex., no site do Observatório da Imprensa (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br), as enquetes sempre têm o aviso: "As enquetes semanais do OI não têm a pretensão de ser lidas como pesquisas científicas. São sondagens de opinião, apenas isso". Até mesmo um site como o Universo HQ (http://www.universohq.com/enquete/index.cfm), especializado em quadrinhos, toma esse cuidado: "ATENÇÃO: As enquetes realizadas entre os visitantes do site Universo HQ não têm o objetivo de servirem como pesquisa de caráter científico."

Por que isso? Porque as enquetes feitas por internet se dirigem a um público específico (aquele que acessa o site). É uma amostragem mínima e que não tem qualquer correlação com a verdadeira distribuição da população, estatisticamente falando.

Além disso, é muito comum q votem maciçamente neste tipo de enquete grupos q se mobilizam pela rede para tentar produzir um determinado resultado. Coisa do tipo, "vamos enviar emails para todos os amigos que conhecemos para que votem X no site tal".

Foi assim q os argentinos se mobilizaram para q Maradona ganhasse de Pelé a eleição virtual q a FIFA promoveu para eleger o jogador do século. Por isso, a FIFA acabou ficando numa sinuca de bico, já que Pelé era a unanimidade entre a maioria dos especialistas em futebol pelo mundo, aí incluídos técnicos, jogadores, jornalistas esportivos, etc. Por isso, ela teve q remediar o mico fazendo às pressas uma outra eleição somente entre especialistas, que terminaram por eleger a Pelé. Assim, a FIFA dividiu o prêmio entre os dois, o q gerou uma polêmica enorme com Maradona e os argentinos.

Um outro fator que diminui drasticamente a confiabilidade de enquetes em Internet é a possibilidade de fraude, mais ou menos possível a depender da segurança do site q as promove. Qualquer adolescente mais esperto em computação pode baixar na rede programas que votem automaticamente por várias vezes em uma das opções de uma enquete.

Mais fácil ainda, alguns sites promovem enquetes de maneira tão simples e insegura que basta o usuário desligar no navegador a opção de "cookies", e pronto! Pode votar à vontade, quantas vezes quiser, basta recarregar a página. A página http://ajuda.bol.com.br/webmail/tiramail.html explica como desabilitar "cookies" no Internet Explorer ou no Netscape, é muito simples. Assim, como garantir que a maior parte dos votos de uma enquete para um ou para outro lado não foi obtida dessa maneira?

Por essas e outras, alguém deveria ter avisado o nobre Senador Renan Calheiros dessas "pegadinhas" escondidas nas enquetes por internet. Assim ele não teria sido constrangido a retirar do ar a sua enquete sobre o desarmamento qdo apareceram os primeiros resultados, que chegaram a dar mais de 90% contrários ao desarmamento... :)

O mesmo se aplica, em maior ou menor medida, às enquetes feitas por telefone em programas de TV. Representam apenas os telespectadores que estão vendo o programa e q decidiram ligar. E tb são passíveis de fraude, pq se pode usar o computador para ligar automaticamente várias vezes, teclando os números correspondentes às opções desejadas.

As únicas pesquisas mais ou menos confiáveis são as feitas pelos institutos de pesquisa respeitados, tais como o Datafolha, Ibope, Gallup, etc. Mesmo assim, todas elas têm margens de erro, pq a pesquisa não é um instrumento infalível. Além disso, esses institutos têm q divulgar a metodologia usada, para q possam ser analisadas por terceiros.

Assim, ao avaliar os números de qualquer pesquisa, há de se perguntar primeiro qual a sua metodologia, como os resultados foram obtidos. Se foi feita na internet, é uma enquete, e, como tal, não pode ser considerada representativa de muita coisa.

No máximo, será representativa do contingente de usuários que acessam determinado site num determinado período (e q se interessaram por responder à mesma).

Abaixo está a msg que citei.

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> Porém, deve haver alguma coisa errada nestas "pesquisas globais". Parece que
> em pesquisas realizadas por outros meios de comunicação, o povo pensa
> diferente.
>
> O Comércio de Armas e Munições Deve Ser Proibido no Brasil?
> Revista Superinteressante - 73% Não
> Portal Terra - 77% Não
> Revista Isto É - 84,9% Não
> Revista Veja - 77,7% Não
> Pesquisa CNT - 54% Não
> Site Polícia Federal de Brasília - 91,4% Não
> Programa Polêmica da Rádio Gaúcha - 86% Não
> Site do Supremo Tribunal Federal - 94,3% Não
> Programa do Ratinho - 56% Não
> Programa do Datena - 99% Não
> Site do próprio Senador Renan Calheiros - 92,4% Não ( logo tirado do ar )
> Jornal O Globo - 58,73% Não ( em 12.07.2005 )
> Jornal da Band - 90% Não ( 21.07.2005 )
> Site do Jornal Zero Hora - 66,43% Não ( 31.072005 )

quarta-feira, setembro 28, 2005

TV ARK The Television Museum

Welcome to TV ARK The Television Museum

Esse site tem várias coisas legais sobre séries novas e antigas de TV.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Morre o 86 aos 82


Morreu Max, responsável por boas gargalhadas nas nossas infância e adolescência. Deixa a 99 sozinha para enfrentar a KAOS. Clique na foto acima para ver seu perfil no Internet Movie Database.

Olhem nessa foto como ele estava velhinho. A foto está nesse site de uma fã.




Morre o ator Don Adams, imortalizado no papel de Agente 86

Globo Online
EFE

RIO - O ator Don Adams, que interpretava o Agente 86 na série "Get Smart", morreu neste domingo, de uma infecção pulmonar, em Los Angeles.

Seu agente e amigo, Bruce Tufeld, informou que a saúde do ator, de 82 anos, estava muito frágil desde que ele fraturara o quadril no ano passado.

Adams nunca conseguiu se sobrepôr à fama que conquistou com esse clássico televisivo da década de 60, que mostrava a outra face dos agentes secretos: trapalhões, muito diferentes do conquistador e popular "agente 007" das histórias de Ian Flemming.

Criada pelo humorista e diretor Mel Brooks, a série estreou em setembro de 1965 com Adams no papel de Maxwell Smart, o Agente 86. O êxito foi imediato e "Get Smart" ganhou várias indicações de prêmios como o Globo de Ouro e o Emmy. Este último o próprio Adams venceu três vezes, na categoria de melhor ator de séries cômicas.

As trapalhadas do Agente 86 se tornaram populares no mundo todo, assim como seus avançados objetos de espionagem, como o "sapato-fone" e o "cone do silêncio", fornecidos pela agência Controle. A relação entre Adams e sua parceira, a "Agente 99", interpretada por Barbara Feldon, acabou em casamento na série, onde tiveram gêmeos.

Adams nasceu em Nova York, em 13 de abril de 1923, com o nome de Donald James Yarmy. Casou-se três vezes, uma delas com Adelaide Adams, de quem adquiriu o sobrenome artístico. Foi escolhido para o papel após ter atuado no show de Bill Dana, onde fazia um atrapalhado detetive de hotel. Adams viveu o Agente 86 com muito empenho, arriscando-se até em cenas de luta, o que acabou lhe rendendo várias fraturas.